Carris registou mais de três mil infrações por uso indevido de paragens e corredores BUS em seis meses

A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017
Leonardo Negrão/Global Imagens (arquivo)
A vice-presidente da empresa refere à TSF que ao todo são quase mil as horas (o equivalente a mais de 40 dias) em que os autocarros da empresa ficaram parados, porque não conseguiam sair do lugar, visto que as vias onde era suposto circularem estavam interditas
A Carris, em pouco mais de seis meses, registou mais de três mil infrações por utilização indevida das paragens e dos corredores BUS, numa fiscalização que resultou em advertências, multas e reboques, anunciou esta terça-feira a empresa.
A vice-presidente da Carris, Maria Albuquerque, refere à TSF que ao todo são quase mil as horas (o equivalente a mais de 40 dias) em que os autocarros da empresa ficaram parados, porque não conseguiam sair do lugar, visto que as vias onde era suposto circularem estavam interditas.
Em comunicado, a empresa de transporte público, que opera em Lisboa, explicou que a fiscalização arrancou em setembro do ano passado, numa parecia com a Polícia Municipal, de forma a “melhorar a circulação dos autocarros e elétricos na cidade de Lisboa e aumentar a sua velocidade comercial”. Desta forma, de acordo com a empresa, foi implementado um “conjunto de medidas”, destacando-se a fiscalização à utilização indevida das paragens e dos corredores BUS.
Segundo a Carris, a “sensibilização dos condutores” foi a aposta inicial do projeto, pelo que o maior número de infrações resultou em advertências, tendo-se registado, no total, 1591 advertências, 1441 multas e 28 casos de ativação de reboques.
Para a empresa, o serviço de fiscalização nas paragens e nos corredores BUS é uma das “etapas do plano para libertar, cada vez mais, as vias de circulação dedicadas ao transporte público, contribuindo, assim, para a melhoria da circulação dos autocarros e elétricos e para a mobilidade na cidade de Lisboa”.
Tendo em conta que a melhoria do serviço de transporte público é uma prioridade para a cidade, de acordo com a Carris, está previsto o alargamento deste serviço, a realizar através de ações conjuntas com a EMEL e, numa fase posterior, com agentes da Carris.
Atualmente, as sanções aos infratores são aplicadas pelas forças de segurança, esclareceu a empresa, mas em breve “iniciar-se-á a fiscalização com agentes da Carris”.
A empresa revelou ainda que, em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa, a Carris está também a implementar um conjunto de outras ações que passam, nomeadamente, “pela criação de novos corredores BUS e pela implementação de prioridade semafórica nos cruzamentos mais relevantes”.
Além destas atividades, no quadro da participação da Carris no projeto Europeu UPPER, a empresa está também a testar a utilização de câmaras nos seus veículos, “para detetar automaticamente infrações de tráfego com impacto na circulação dos autocarros e elétricos”.
A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017.
