O líder da CGTP discorda do «plano de ajuda» externa que «colocará o país numa situação ainda pior». Defende que Portugal precisa de um plano que salvaguarde os portugueses.
Corpo do artigo
«A vinda do FMI é que não ajuda mesmo nada», disse o secretário-geral da central sindical, Carvalho da Silva, em conferência de imprensa, acrescentando que este organismo já não entra em nenhum país da América Latina ou nos EUA.
O sindicalista concordou que Portugal tem de cumprir com as suas obrigações, mas para isso precisa de um plano que salvaguarde o pagamento da dívida e ao mesmo tempo das condições de vida dos portugueses.
«Este plano de resgate, que será construído a partir do PEC IV, colocará o país numa situação ainda pior», considerou Carvalho da Silva.
O sindicalista considerou uma hipocrisia falar em «plano de ajuda» quando se sabe que vão ser impostos mais sacrifícios aos portugueses.
«Portugal não precisa de compromissos abstractos, precisa sim de medidas que garantam que não vão continuar a reduzir as pensões e as prestações sociais, que garantam que a pobreza não vai continuar a aumentar, que o Salário Mínimo Nacional vai crescer, que o emprego vai ser prioritário, assim como o combate à precariedade e à economia clandestina», concluiu Carvalho da Silva no final de uma reunião da comissão executiva da Intersindical.