Alcides Gama, diretor da Casa da Moeda, reconheceu que os valores das indemnizações atribuídas pelo Estado à empresa «são pequenos» e, por isso, a instituição «pode acomodar isso».
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A direção da Casa da Moeda considerou razoável recomendação feita pelo Tribunal de Contas ao Governo para acabar com as indemnizações compensatórias à empresa, que teve um lucro de mais de 68 milhões de euros.
Reagindo a um documento do Tribunal de Contas, o diretor da Casa da Moeda, em declarações à TSF, considerou baixos os 13,6 milhões de euros que até aqui eram atribuídos pelo Estado.
Apesar de distinguir as indemnizações atribuídas por causa do Diário da República eletrónico ser gratuito e as indemnizações relacionadas com a atividade das contrastarias, Alcides Gama reconhece que estes «são valores pequenos»
«A empresa pode acomodar isso embora seja exigida uma gestão muito apertada, muito rigorosa e muito competitiva. Tudo o que sejam despesas vão penalizar os resultados, mas não estamos a falar de valores muito elevados», admitiu.
Alcides Gama desvalorizou ainda a polémica relativa a oito gestores da Casa da Moeda que devolveram mais de 27 mil euros em despesas pessoais, uma situação que este diretor diz ser «muito pontual e de valores muito baixinhos».
«Mais do que despesas pessoais, diria que são algumas despesas insuficientemente documentadas. A empresa nunca utilizou o cartão de crédito para despesas pessoais», explicou este responsável, que diz que não há muito mais a dizer sobre a situação.