Cavaco acredita na inversão da tendência do desemprego no segundo semestre

O chefe de Estado falou em conferência de imprensa no final do Conselho da Globalização, que promoveu em Cascais sobre o papel da diáspora no desenvolvimento de Portugal.

Cavaco Silva chamou os empresários a Cascais para dar a conhecer as potencialidades de Portugal. A equação é económica: atrair investimento, promover as exportações, reforçar a competitividade, pôr o país a crescer.

O Presidente da República chamou os empresários a Cascais, numa altura em que o desemprego bate o recorde de 15,3 por cento, de acordo com números do Eurostat.

«Nós aguardamos em meados deste mês a taxa de desemprego a ser publicada pelo INE, não estou a antecipar desfasamentos entre uma e outra», afirmou Cavaco, mas enquanto não saem os números do INE, comentou que «gostaria que fosse uma taxa menor, como é óbvio».

Como economista, o Presidente da República sublinha que é natural que havendo recessão, o desemprego dispare. Ainda assim, Cavaco mantém o otimismo.

«Deve existir alguma possibilidade de inversão da tendência no segundo semestre deste ano», comentou.

No 1º de Maio, o primeiro-ministro, Passos Coelho, avisava que nos próximos anos Portugal vai continuar a ter níveis de desemprego a que não estava habituado.

A preocupação do Governo com o desemprego está também expressa no documento de estratégia orçamental, aquele que Seguro se queixou de não ter sido debatido no Parlamento.

«Eu não estou muito pessimista. Pelos contactos que tenho tido com diferentes agentes políticos quanto ao sentido da responsabilidade das diversas forças político-partidárias portuguesas. Confio que o espírito de diálogo e de concertação, que envolve sempre algumas dificuldades, como sabemos, será mantido no essencial», sublinhou.

Palavras de Cavaco Silva depois do líder do principal partido da oposição ter ameaçado Passos Coelho de o deixar sozinho no caminho que está a seguir.