Numa visita relâmpago aos Emirados Árabes Unidos, Cavaco Silva trata de fazer diplomacia económica com vista a estreitar as relações comerciais entre os dois países. Em Abu Dhabi, encontrou-se com o príncipe herdeiro para "vender" Portugal e sentou-se também à mesa com o presidente do fundo de investimento soberano que detém a companhia aérea nacional dos Emirados.
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Antes da visita à Mesquita do Sheikh Zaeyd, Cavaco Silva já tinha tido duas reuniões de peso: uma com o príncipe herdeiro e presidente em exercício dos Emirados Árabes Unidos, outra com o irmão do príncipe herdeiro e dono do fundo de investimento soberano que detém a companhia de aviação Ethiad.
Dois homens que mexem com quantidades exorbitantes de dinheiro sentaram-se à mesa com o Presidente da República português: «Para mim foi uma oportunidade de explicar a situação política económica em Portugal e na zona do euro, que suscita bastante interesse nesta parte do mundo».
Particularmente em Portugal, diz Cavaco Silva, há áreas de investimento que atraem o interesse dos dirhames dos Emirados: «Falou-se sobre o setor financeiro, energético, do papel, do turismo, das indústrias farmacêuticas».
Paulo Portas, presente na comitiva, esteve a trabalhar na assinatura de vários acordos. Na área da segurança alimentar, mas também em questões alfandegárias e de cooperação na área da justiça e do turismo.
A mesquita é certamente ponto obrigatório para um turista que cá venha. É a oitava maior do mundo e os números dão conta da sumptuosidade: 80 cúpulas brancas, mais de mil colunas, 4 minaretes.