
TSF/Paulo Tavares
O Presidente da República já deixou a Noruega, país que visitou nos últimos dias com o objetivo de fomentar a economia do mar. Cavaco Silva defendeu, por exemplo, um maior investimento na aquacultura.
Só uma das estruturas de criação de salmão visitadas por Cavaco Silva chegava para abastecer metade do salmão que Portugal consome num ano. Ali, quase em mar aberto, seis jaulas em rede com 30 metros de profundidade e um centro de controlo, produzem cerca de seis mil toneladas/ano.
Portugal importa mais de metade do peixe que consome, e Cavaco Silva quer uma aposta decidida na aquacultura.
"Portugal é [em termos] per capita um dos maiores consumidores de peixe no mundo, penso que é o terceiro consumidor per capita mas, no entanto, nós temos de importar mais de metade do peixe que consumimos. Por isso temos de apostar outra vez no desenvolvimento da aquacultura", afirmou o chefe de Estado.
Defendendo que é preciso dar um "passo em frente", Cavaco Silva alertou para a necessidade de se encontrar empreendedores nessa área, além de conhecimento e investidores.
Por isso, acrescentou, essa foi a razão que levou à inclusão da cidade de Bergen no roteiro da visita.
"Temos muito trabalho a fazer. Temos condições adequadas para desenvolver a aquacultura 'offshore', não temos os fiordes que existem na região de Bergen, mas há uma tecnologia que os noruegueses dominam que pode ser aplicada em Portugal. Por isso, espero bem que em resultado dessa visita se possa aprofundar a cooperação no domínio da biotecnologia marinha e no domínio dos negócios do pescado", declarou, gracejando que não se pode deixar de registar que não há quase nenhum norueguês que não conheça a palavra "bacalhau".