O CDS-PP assumiu os «riscos e incertezas» da execução do Orçamento do Estado, justificando o apoio dos democratas-cristãos a «um exercício aparentemente impossível» com a «instabilidade orçamental» que, no limite, poderia levar à saída do euro.
Corpo do artigo
«A instabilidade orçamental levaria inexoravelmente ao fim do financiamento, à impossibilidade de pagar salários e, no limite, à saída do euro», argumentou o vice-presidente da bancada do CDS-PP Telmo Correia.
Numa intervenção no debate de encerramento da discussão do Orçamento do Estado, no Parlamento, Telmo Correia disse que, perante esse cenário de instabilidade orçamental «a casa de habitação ou as pequenas poupanças de milhões de portugueses passariam a valer menos de metade».
«É por isso e não por outra qualquer razão de ordem política ou tática que a nossa consciência e o nosso sentido de responsabilidade determinam a aprovação do Orçamento», justificou.
Para o CDS-PP, «se o Orçamento é questionável» é «inquestionável» que seria «pior» não haver Orçamento.
O CDS-PP diz que, «num orçamento tão condicionado», a sua opção é «um exercício livre, como escolha de quem assumiu, antes de tudo, resgatar Portugal» e recuperar a «liberdade».