António Costa propõe um virar de página gradual na austeridade. Até 2017 os socialistas esperam repor os salários e acabar com a sobretaxa de IRS.
Corpo do artigo
António Costa garantiu que "neste relatório não está previsto nenhum novo corte nas pensões de reforma". Também "não está previsto", diz o líder socialista, que "seja preciso esperar pelo final da próxima legislatura para eliminar totalmente a sobretaxa do IRS ou para a reposição integral dos vencimentos dos funcionários públicos».
O PS promete cumprir os compromissos europeus e com a economia a crescer "a uma média de 2,6% ao ano nos próximos anos alcançando um défice final de 0,9% e tendo uma rácio da dívida no produto melhor do que aquele que está previsto".
O estudo aponta também para uma redução para metade da taxa de desemprego. Neste documento "uma década para Portugal" o PS propõe uma redução temporária (ate 2018) da Taxa Social Única para os trabalhadores - e para as empresas que contratem sem termo.
Pelo contrário estão previstas penalizações para empresas com grande rotação de trabalhadores. António Costa sublinha uma mudança na forma como será financiada a segurança social afirmando que esta "deixará de ser financiada exclusivamente pelos salários ou em função dos salários pagos e passa a a ser também financiada pela criação de um novo imposto sucessório sobre grandes heranças, no valor superior a um milhão euros".
Entre outras propostas destacam-se ainda o IRC para as grandes empresas que não baixa, o IMI para as casas não utilizadas como residência que sobe e o IVA da restauração que seria reposto nos 13% já para o ano.
O documento "uma década para Portugal" elaborado por vários economistas "não é uma bíblia" sublinha o secretario geral do PS. O programa do PS que vai ser feito tendo por base o cenário macroeconómico hoje apresentado pelos socialistas vai ser apresentado a seis de junho.