A receita do IVA subiu, compensando outros impostos que avançam pior. Despesa em linha com o previsto. Para evitar sanções, o Governo tem de garantir que vai cumprir, admite o ministro.
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A execução orçamental de maio só sai na 2ª feira, mas o ministro das Finanças já tem os dados essenciais: "A receita do IVA teve uma taxa de crescimento muito elevada", acima de 10%; "imposto a imposto, há um conjunto de desvios que se compensam"; a despesa está "em linha" com os valores do mês anterior - dentro do que está orçamentado; e até o consumo intermédio está sob controlo.
Em entrevista à TSF, o ministro das Finanças garante que está tudo sob controlo na frente orçamental - e admite que esse é critério importante para o atual Governo argumentar em Bruxelas contra possíveis sanções: "Devemos transmitir a confiança de que o Estado vai cumprir as suas funções para que possa ter estabilidade orçamental".
Insatisfeito com a formulação da Comissão Europeia e do BCE, que dizia esta semana que os maiores riscos ao Orçamento são internos, Mário Centeno garante que não é assim.
Lembrando que "todas as previsões" apontam para uma aceleração da economia a partir já deste segundo trimestre, o responsável pelas Finanças diz que "não faria sentido rever agora" as estimativas de crescimento. Se for necessário, isso será feito em cima da apresentação do Orçamento do Estado para 2017.