Em 2011, os portugueses fizeram quase 15 mil reclamações ao Banco de Portugal sobre produtos das instituições de crédito e o regulador deu-lhes razão em 60 % dos casos.
Corpo do artigo
Em 2011, o número de queixas que chegaram ao BdP diminuiu três por cento, mas a proporção de casos em que o regulador deu razão aos consumidores aumentou quatro pontos percentuais.
No ano passado, em cada dez reclamações, a instituição liderada por Carlos Costa considerou que seis eram acertadas.
O crescimento nos últimos anos do número de casos em que o regulador dá razão aos clientes, de 48 % em 2008 para 59 % em 2011, fica a dever-se, acredita o BdP, não a um mau comportamento das instituições de crédito, mas ao grau crescente de informação ao dispor dos clientes bancários, que assim se tornam mais exigentes e esclarecidos.
No universo de quase 15 mil reclamações - são cerca de 60 por cada dia útil -, 30 % foram sobre depósitos, 22 % relativas a crédito ao consumo e 13 % sobre crédito à habitação.
Os bancos estrangeiros a operar em Portugal são aqueles que dão origem a mais queixas por cada conta de depósito à ordem, com o Deutsche Bank e o Barclays a ocupar o topo da tabela.
Os números constam do relatório de Supervisão Comportamental de 2011. No ano passado, o regulador fiscalizou mais de cinco mil campanhas de publicidade bancárias, determinou a alteração de 130 e suspendeu três.
O documento mostra ainda que em 2011 foram concedidos mais de 1 milhão e 300 mil novos contratos de crédito ao consumo, uma média de 3500 por dia que representa uma quebra de pouco menos de 10 % em relação a 2010.