Certificados de aforro: Deco diz que portugueses fazem bem em aproveitar últimos dias de juros altos
Associação de consumidores aconselha no entanto os portugueses a não investirem todas as poupanças na dívida do Estado português.
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A Deco diz que os portugueses fazem bem em aproveitar os últimos dias de taxas mais altas dos certificados de aforro e do tesouro. Mas deixa alguns conselhos, entre eles a ideia de que não devem investir todas as poupanças nesta dívida do Estado.
António Ribeiro, analista financeiro de produtos de poupança da Deco Proteste, revista da associação de defesa do consumidor, sublinha que a dívida pública é especialmente indicada para quem procura um investimento de baixo risco. Quem tem poupanças e procura este tipo de produtos, devia mesmo mesmo investir nestes certificados pela elevada taxa de juro, sobretudo quando comparada com os depósitos a prazo.
A Deco alerta contudo que há uma regra fundamental: não por todos os ovos no mesmo cesto, ou seja, não investir mais de 25% das poupanças em dívida do Estado. Até porque o risco é muito pequeno, mas existe.
António Ribeiro explica que é difícil acreditar que uma eventual reestruturação da dívida pública afecte as poupanças das famílias, até porque há muito mais entidades institucionais que investiram em ganhar dinheiro com os juros do Estado.
No entanto, o especialista diz que «o risco não é nulo e está sempre presente». Nos depósitos, pelo contrário, com juros mais baixos, existe o fundo de garantia que garante até 100 mil euros por titular. António Ribeiro acredita, contudo, que aquilo que se passa na Grécia não afecta o risco da divida portuguesa.