Para a CGTP, a votação foi um "triste acontecimento". A Confederação do Comércio admite "incómodo" e diz que ninguém sai bem deste episódio.
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O antigo ministro socialista Correia de Campos falhou a eleição para o cargo de presidente do Conselho Económico Social. Conseguiu apenas 105 votos dos 221 deputados presentes na votação, ficando aquém dos dois terços necessários para ser eleito.
O nome de Correia de campos foi anunciado na passada sexta-feira como resultado de um acordo entre o PSD e o PS, mas na hora de votar, o nome não passou a meta mínima.
Na sequência deste resultado, o líder da CGTP considera que Correia de Campos "não se deve manter" na corrida à presidência do Conselho Económico e Social. Arménio Carlos, à TSF, diz que "PS e PSD criaram um problema que agora têm de ser eles a resolver".
Ainda assim, o líder sindical aponta um caminho de mudança. Para Arménio Carlos, que classifica a votação falhada como "um triste acontecimento", é chegada a altura de alterar as regras, de "acabar com a bipartidarização, porque não pode haver partidos excluídos".
O presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, recusa comentar se Correia de campos tem ou não condições para repetir a votação. Mas na opinião de João Vieira Lopes, o episódio de ontem foi "negativo e incómodo", acrescentando que nesta caso ninguém sai bem na fotografia.