Arménio Carlos entende que o plafonamento das pensões, incluído no guião da reforma do Estado, serve para «fazer da Segurança Social um espaço de negócio para os grupos económicos e financeiros e para as seguradoras».
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O secretário-geral da CGTP está contra o plafonamento das pensões, incluído no guião da reforma do Estado, uma vez que entende que o Estado está apenas a proporcionar um bom negócio para as seguradoras.
Em declarações à TSF, Arménio Carlos explicou que este sistema «não é mais do que a introdução do sistema privado no regime social da Segurança Social, que é público, universal e solidário».
Para o líder da CGTP, o plafonamento das pensões «não tem a finalidade de dar maior sustentabilidade financeira» à Segurança Social, «para responder ao que são as necessidades dos pensionistas de hoje e dos pensionistas de amanhã».
Arménio Carlos Sublinhou que a ideia é «fazer da Segurança Social um espaço de negócio para os grupos económicos e financeiros e para as seguradoras e para fragilizar ainda mais colocando-a numa perspetiva assistencialista e caritativa».
«Em vez de responder às necessidades das pessoas, acabaria por ser o instrumento de favorecimento do negócio do setor privado», concluiu.
Ao apresentar este plafonamento, o vice-primeiro-ministro frisou que esta proposta é feita «com prudência e moderação, com uma fase de transição e dependendo do crescimento económico».
Paulo Portas, que sublinhou que este plafonamento é voluntário e parcial, explicou que a ideia é que o «jovem que está a entrar no mercado de trabalho tenha um pouco mais de liberdade para proteger a sua poupança» e que estes «não fiquem tão dependentes dos ciclos financeiros, económicos e políticos».