Presidente chinês, Xin Jinping, fecha acordo de 31 mil milhões de euros com a Airbus, após suspender negócios com a Boeing.
Corpo do artigo
Durante a visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a França, a Airbus anunciou uma encomenda de 300 aviões para a China.
Segundo a CNN , o acordo é para 290 modelos A320 e 10 aeronaves A350, num negócio que dá continuidade ao aumento da procura chinesa por aviões da construtora europeia. Em comunicado, a empresa fala num crescimento muito rápido do mercado da aviação chinesa para voos "domésticos, low cost, regionais e internacionais de longo curso".
Não se conhecem os valores exatos desta compra, mas estima-se que poderá estar na ordem dos 35 mil milhões de dólares (cerca de 31 mil milhões de euros).
Um acordo que contrasta com a situação atual da Boeing, rival da Airbus, que vê parada a utilização do seu mais modelo mais popular, o 737 Max, devido aos recentes acidentes da Lion Air e Ethiopian Airlines. A China foi a primeira a suspender o uso do modelo da Boeing, que compete diretamente com o A320 da Airbus.
Na semana passada, a linha área da Indonésia, Garuda anunciou o possível cancelamento na encomenda de 49 modelos 737 Max da Boeing.
Apesar dos valores em causa, este pode não ser o negócio da China para a Airbus. Segundo Ellis Taylor, o editor financeiro da empresa FlightGlobal, "na maioria dos casos, as companhias aéreas que encomendaram o Max (da Boeing) vão continuar a usá-lo, isto porque já investiram na formação e infraestruturas de apoio para aquele avião, seria muito caro mudar."
O acordo agora assinado é bastante semelhante ao que a China protocolou com a Boeing há menos de dois anos, também para 300 aviões. O negócio foi fechado durante a visita de Donald Trump a Pequim, em novembro de 2017. Ellis Taylor afirma que as atuais disputas comerciais entre os EUA e a China estão a dificultar as relações entre a Boeing e o Governo chinês. Esclarece também que "os problemas com o 737 Max irão atrasar potenciais encomendas para a Boeing, mas estamos a falar em meses e não anos".
"A China irá precisar de aviões de ambas as empresas, apenas o momento é afetado", preconiza este editor financeiro.