O Governo do Chipre informou, esta segunda-feira, as autoridades europeias da sua intenção de pedir ajuda financeira aos fundos de resgate da zona euro.
Corpo do artigo
Numa mensagem distribuída à imprensa e citado pela agência financeira Bloomberg, o Governo cipriota dá conta da sua intenção de pedir um resgate ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) ou ao Mecanismo de Estabilidade Financeira (MEF).
O comunicado do Governo cipriota não dava pormenores sobre os montantes nem as modalidades do resgate.
Até sexta-feira, Chipre tem de angariar mais de 1.800 milhões de euros para recapitalizar o seu segundo maior banco. Hoje, a agência de notação financeira Fitch reduziu o 'rating' da dívida soberana de Chipre para BB+ ('lixo'), justificando a decisão pela grande exposição da banca cipriota ao sistema financeiro da Grécia
Nas últimas semanas, gerou-se a expetativa de Chipre pedir um empréstimo bilateral entre os 3.000 e os 5.000 milhões de euros à Rússia ou à China, e de pedir um empréstimo adicional à zona euro exclusivamente para recapitalizar a sua banca.
O objetivo seria evitar que Chipre tivesse de se submeter a um programa semelhante ao da 'troika'; no entanto, essa expetativa gorou-se, e o Governo de Nicósia não conseguiu até agora negociar um empréstimo com nações extracomunitárias.
O Chipre é membro da zona euro desde 2008, e será o quinto país da "eurolândia" a recorrer a resgates financeiros desde o início da crise das dívidas soberanas, depois de Grécia, Irlanda, Portugal e Espanha (no caso espanhol, o pedido limitava-se à recapitalização do sistema bancário).