O secretário de Estado do Emprego explicou aos parceiros sociais que, antes de serem informados sobre os cortes na despesa, é preciso debater essas medidas com a "troika".
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Os parceiros sociais questionaram hoje o Governo sobre as medidas a serem adotadas na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional (TC), mas o secretário de Estado do Emprego, Pedro Roque, insistiu que estas têm que ser negociadas previamente com os credores internacionais.
«Obviamente estando o país sob a influência de um programa de assistência económico e financeiro há uma negociação prévia com a 'troika', como não podia deixar de ser. Numa fase ulterior as questões serão trazidas quer a Concertação Social quer, aquelas que são mais específicas, às negociações bilaterais na Administração Pública», disse Pedro Roque à saída da reunião.
Os parceiros sociais foram unânimes na reunião de hoje em criticar esta forma de atuação do Governo, exigindo fazer parte das negociações e conhecer as intenções do executivo nesta matéria, nomeadamente questionando sobre a carta escrita pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, à 'troika' (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).