CIP e Indústrias Agro-Alimentares criticam eventual nova taxa sobre produtos nocivos
O presidente da Confederação Empresarial Portuguesa e a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares criticaram hoje a intenção do Governo de criar uma nova taxa para produtos considerados nocivos.
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Em declarações à TSF, o presidente da Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) diz que só pode ser um lapso. Jorge Henriques comenta assim a hipótese ontem deixada pela ministra das Finanças de avançar com uma taxa adicional a aplicar a produtos que tem efeitos nocivos para a saúde.
Em causa está, de acordo com a edição de hoje do jornal i, mais tributação sobre álcool e o tabaco, mas também novas taxas sobre produtos alimentares como o sal e refrigerantes, entre outros.
Por sua vez, o presidente da Confederação Empresarial Portuguesa (CIP) aconselhou «sensatez» ao Governo, salientando que antes de começar a falar em novos impostos ou taxas é preciso estabelecer o que são produtos prejudiciais.
Admitindo que o consumo excessivo de certos produtos pode ser nocivo para a saúde, o líder da CIP lembrou que existem programas de aconselhamento e outras medidas para evitar que as pessoas cometam excessos.
António Saraiva lembrou ainda a necessidade de «acautelar» os postos de trabalho dos que trabalham naqueles setores de atividade e a arrecadação de receitas que já representam, considerando «excessiva» a intenção de voltar a aumentar o imposto do tabaco.
O presidente da CIP reiterou também que «medidas excessivas de taxação» podem levar «ao abandono ou redução drástica do seu consumo e logo da sua produção».
Maria Luís Albuquerque adiantou na terça-feira que, «poderão ser equacionados contributos adicionais do lado da receita, designadamente na indústria farmacêutica, ou de tributação sobre produtos que têm efeitos nocivos para a saúde».