A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) quer que os portugueses trabalhem mais duas horas por semana e defende uma redução em dez pontos percentuais da Taxa Social Única (TSU).
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O presidente da CIP entende que há varias maneiras de reduzir os custos do trabalho, uma é a diminuição da TSU que as empresas pagam à Segurança Social e outra é o aumento do horário de trabalho.
O ideal para o patrão dos patrões é fazer um "cocktail" com as duas, mas incluindo um corte na TSU muito mais forte do que aquele que tem sido discutido. O PSD, por exemplo, defende uma redução de quatro pontos percentuais.
«Nada inferior a 10 por cento», defendeu, acrescentando que «quando se reduz por um lado tem de se compensar por outro».
«Quando se vai mais onerar o IVA, vamos obrigar os consumidores a pagar mais pelos produtos», mas «mais perverso» é que «as empresas produtoras desses bens ainda vão ser mais prejudicadas», porque na comparação com Espanha «perdem competitividade». Logo, frisou, «não vale a pena estarmos a dar por um lado e tirar por outro».
Esse redução não pode ser igual para todas as empresas, considerou. «Temos que aferir para que sectores de actividade e dentro dos sectores de actividade para que empresas, porque dentro de um sector de actividade há empresas que não necessitam de redução nenhuma porque já hoje pagam 15 e 16 salários por mês e outras de facto precisam para serem mais competitivas», afirmou.
Ideias defendidas por António Saraiva na apresentação das propostas da CIP para o programa do novo Governo que se dividem em cinco áreas: sustentabilidade orçamental, financiamento da economia, reformas estruturais e desenvolvimento económico, internacionalização e as PMEs e o crescimento económico.