O indicador do clima económico em Portugal voltou a cair em Julho e atingiu o valor mais baixo desde Maio de 2009, enquanto a confiança dos consumidores cresceu, anunciou hoje o INE.
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Depois dos 2,2 pontos negativos atingidos em Junho, o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou hoje, nos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, que em Julho o indicador do clima económico voltou a sofrer uma quebra, desta feita de 0,1 pontos, fixando-se nos -2,3, com agravamentos em todos os sectores, excepto na indústria transformadora.
No entanto, o indicador de confiança dos consumidores passou de 50,7 pontos negativos para 49,1 negativos, a primeira subida dos últimos quatro meses, com melhorias em quase todos os sectores desta categoria (situação financeira do lar, situação económica do país a 12 meses e capacidade de poupança), excepto no campo do desemprego.
Porém, o INE ressalva que «em valores mensais, sem a utilização de médias móveis de três meses, o indicador de confiança diminuiu em Julho, reflectindo o contributo negativo das expectativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar e das perspectivas de poupança».
No que toca aos níveis de confiança da indústria transformadora, estes aumentaram «ligeiramente em Julho, interrompendo o movimento decrescente iniciado em Outubro. A evolução deste indicador no mês de referência reflectiu o contributo positivo das opiniões sobre a procura global», escreveu o INE no documento.
A confiança do sector da construção e das obras públicas mantém a sua trajectória descendente, indicou o instituto de estatística, num processo que já decorre de Junho de 2008 e que agora atingiu um novo mínimo histórico desde o começo da contagem em 1997.
Os indicadores de confiança do comércio e dos serviços também sofreram diminuições, o que no segundo caso se deveu ao «agravamento das apreciações sobre a actividade da empresa, das opiniões sobre a carteira de encomendas e das perspectivas de procura».