Esta manhã os títulos do banco dispararam mais de 12%, para 1,199 euros por ação, depois de a agência de informação financeira Bloomberg ter divulgado que o CaixaBank está em negociações para comprar a participação de Isabel dos Santos no BPI.
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O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu suspender a negociação das ações do BPI, "até à divulgação de informação relevante sobre o emitente".
Os títulos do BPI estiveram esta manhã a subir, no seu pico, 12,16% para 1,199 euros por ação, depois de ontem, terça-feira, a Bloomberg ter avançado que o CaixaBank, o terceiro maior banco espanhol, está interessado em adquirir a participação de Isabel dos Santos na instituição liderada por Fernando Ulrich.
Antes da decisão da CMVM, os títulos do BPI estavam a subir 10,38%, cotando 1,18 euros por ação, o que se traduzia no melhor desempenho do banco desde julho. Esta escalada das ações levou também a um forte aumento do volume de negociações, com mais de 7,5 milhões de títulos, o dobro da média, a mudarem de dono nas últimas horas, conforme noticiou o Jornal de Negócios.
A Bloomberg noticiou que o acordo entre o CaixaBank e Isabel dos Santos, os dois maiores acionistas do BPI, para a compra da participação de 20,9% da angolana, podia estar para breve. A empresária angolana detém 18,6% do BPI através de uma participação da Santoro Finance e mais 2,3% através do BIC, algo que foi comunicado recentemente ao regulador.
O CaixaBank detém atualmente 44% do BPI e pretende aumentar o seu poder dentro do banco, já depois de no ano passado ter recorrido a uma Oferta Pública de Aquisição (OPA), no valor de 1,1 mil milhões de euros, para comprar os restantes 56%, que acabou por não ser bem-sucedida.
Atualmente, existe uma regra que o próprio Conselho de Administração do BPI está a tentar remover, que faz com que os direitos de voto não possam passar dos 20%, dando ao CaixaBank e a Isabel dos Santos o mesmo poder, ainda que a participação de ambos seja muito diferente.