É um projeto onde se gastou 200 milhões de euros e vai criar 250 postos de trabalho.
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O IKEA abre esta quinta-feira uma nova loja na estrada entre Faro e Loulé. Os comerciantes que começaram por colocar providências cautelares contra o projeto consideram agora que não se pode "chorar sobre o leite derramado". No entanto, querem ver tomadas medidas para atenuar os efeitos negativos que esta grande superfície pode provocar no comércio local.
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O projeto vai criar 250 postos de trabalho, mas a ACRAL, a Associação de Comerciantes do Algarve, critica todo o complexo que está associado à loja IKEA."São 220 lojas que vão abrir até final do ano", salienta Álvaro Viegas, presidente desta Associação.
O dirigente da ACRAL lembra que para atenuar os efeitos da instalação do IKEA apresentou no ano passado várias propostas à AMAL, a Comunidade Intermunicipal do Algarve.
Entre as medidas avançadas e propostas às câmaras municipais estava um fundo de compensação, que seria criado a partir das taxas pagas pelos comerciantes e que serviria para animar os centros das cidades e trazer para o comércio local alguns dos 2 milhões de visitantes que, segundo se estima, irão procurar o IKEA ao longo do ano. "Isto foi apresentado em setembro ou outubro do ano passado e não houve uma reação por parte das autarquias", lamenta.
Além do comércio tradicional, na opinião da Associação de Comerciantes, este complexo de mais de 200 lojas pode também trazer problemas aos centros comerciais já existentes na região, alguns a passarem por dificuldades. "Não há qualquer tipo de regulação", lamenta o presidente da ACRAL. "Se o poder económico entender que há viabilidade para abrir duas, três ou quatro estruturas, abre", diz. Na opinião deste dirigente, "o poder político está perfeitamente dependente da decisão que o poder económico toma".