O presidente executivo da Inapa, Diogo Rezende, disse que a compra da operação da Papyrus em França "vai ter um impacto bastante grande nas contas consolidadas do grupo".
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A Inapa anunciou hoje que pediu à Autoridade da Concorrência francesa um "pedido de apreciação prévia" sobre "uma possível aquisição da totalidade da operação da Papyrus AB em França", que está centrada na distribuição de papel ao setor gráfico e 'office' [escritório], empresa que teve uma faturação de 156,5 milhões de euros no ano passado.
"É um acordo não vinculativo para a aquisição", explicou Diogo Rezende.
"Para a Inapa, França é um passo muito importante: temos um nível de faturação de cerca de 155 milhões de euros e a Papyrus 156 milhões de euros", adiantou.
Ou seja, a combinação dos negócios das duas empresas em França praticamente duplica a dimensão da subsidiária portuguesa.
"Estamos convencidos de que o negócio será aprovado, teremos capacidade de negociar poupanças a nível logístico nas duas operações", prosseguiu o gestor.
Para Diogo Rezende, a concretização da compra "vai ter impacto bastante grande nas contas consolidadas do grupo" Inapa e vai colocar a subsidiária em França numa posição de coliderança naquele mercado.
De acordo com o responsável, os custos de distribuição pesam cerca de 50% no global de custos operacionais da atividade.
"Há sinergias significativas em termos de distribuição", sublinhou.
O presidente executivo da Inapa espera conseguir "concluir a transação até ao final do ano".
O mercado francês pesa 25% da faturação do grupo e, se esta compra se efetuar, o peso subirá para 35%.