Conselho das Finanças Públicas acredita que redução do défice para 1,6% é viável
O Conselho validou o valor do défice do primeiro trimestre, em 2,1%, com o aumento da receita fiscal a sustentar um ligeiro aumento da despesa.
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As despesas subiram 66 milhões de euros, mas as receitas foram ainda maiores, contribuindo para o equilíbrio das contas.
Na avaliação das contas dos primeiros três meses do ano, o Conselho das Finanças Públicas salienta que para o aumento do bolo das receitas, a fatia maior veio das contribuições sociais, que subiram mais de 250 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 5,1%.
As receitas com os impostos também cresceram, quase 1%, mas não por culpa do IRS. Pelo contrário, a cobrança de impostos diretos caiu, devido à redução da sobretaxa no IRS e também à descida do pagamento especial por conta.
O que acabou por salvar as receitas além das contribuições sociais foram os impostos indiretos, que trouxeram para os cofres do Estado mais 272 milhões de euros, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Para a subida dos impostos indiretos contribuíram as receitas com o IVA, mais 4%, um valor acima do previsto pelo Governo para todo o ano de 2017.
Com estes valores, o Conselho das Finanças Públicas confirma os 2,1% de défice, entre janeiro e março.
Um valor que leva o conselho liderado por Teodora Cardoso a falar numa indicação positiva para que se chegue à meta traçada pelo Governo, de um défice de 1,6% do PIB, no final do ano.