Consumidores mais confiantes mas as empresas torcem o nariz ao clima económico
O indicador de confiança dos consumidores aumentou em janeiro, depois de dois meses de queda, enquanto o clima económico voltou a diminuir, embora de forma menos acentuada, segundo dados hoje divulgados pelo INE.
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Janeiro trouxe uma melhoria do indicador de confiança dos consumidores, calculado através de inquéritos a particulares, que alcançou os -12,6 pontos (-14,1 pontos observados em dezembro), "retomando a tendência ascendente observada desde o início de 2013".
O indicador de clima económico, calculado através de inquéritos a empresas de vários setores de atividade, por sua vez, voltou a cair em janeiro para os 0,6 pontos (dos 0,7 pontos observados em dezembro).
"No mês de referência, o indicador de confiança agravou-se na construção e obras públicas, no comércio e nos serviços, tendo aumentado ligeiramente na indústria transformadora", sinaliza o INE.
Os indicadores de confiança do INE são calculados através de médias móveis de três meses dos saldos de respostas extremas a inquéritos. Um número negativo significa que houve mais respostas pessimistas do que otimistas.
A Comissão Europeia divulgou também hoje que o indicador de sentimento económico caiu 1,7 pontos na zona euro e 1,8 na União Europeia (UE) em janeiro, tendo Portugal invertido a tendência, com uma subida de 0,9 pontos.
Segundo dados da Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros, o indicador do sentimento económico recuou em janeiro para os 105 pontos na zona euro e para os 106,7 na UE.
Em Portugal, o indicador aumentou para os 105,2 pontos.
O indicador de sentimento económico calculado pelo gabinete de estatísticas da Comissão Europeia mede a confiança e as expectativas dos consumidores e empresas quanto à economia.
O INE e a Comissão Europeia usam metodologias diferentes para calcular os seus indicadores.