Execução orçamental mostra excedente global de 259 milhões de euros, numa melhoria de 2.072 milhões face ao período homólogo.
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O saldo explica-se com um crescimento da receita (5,4%) superior ao aumento da despesa (2,1%).
Este resultado é em contabilidade pública (ótica de caixa) e não inclui a despesa de 792 milhões com a injeção de capital do Novo Banco e o empréstimo de 121 milhões ao fundo de recuperação de créditos dos lesados do BES.
O gabinete de Mário Centeno realça que a evolução da "despesa beneficia do fim do pagamento dos duodécimos do Subsídio de Natal nos salários e pensões, que são pagos em novembro e dezembro no valor de 2.980 milhões de euros".
O saldo primário foi excedentário em 8.038 milhões de euros, mais 2.249,8 milhões de euros do que em outubro de 2017.
Receita fiscal cresce 5%
O aumento da receita (3 511 milhões de euros face ao período homólogo) reflete a evolução positiva da receita fiscal e contributiva (2 746,4 milhões de euros).
Do lado da receita fiscal, o encaixe do Estado "cresceu 5%, com o aumento da receita líquida do IVA (4,8%), do IRC (11,1%) e do IRS (4,4%)". Os reembolsos fiscais cresceram 2,1%.
As contribuições para a Segurança Social registaram um crescimento de 7%.
Despesa cresce 2,1%
A despesa das AP cresceu 2,1% (mais 1.439 milhões de euros), explicada em grande parte, na ótica do ministério das Finanças, "pelo forte aumento da despesa de 4,6% do Serviço Nacional de Saúde (SNS)". O governo sublinha que este aumento "atinge máximos anteriores ao período do Programa de Ajustamento".
Registou-se também um "crescimento significativo da despesa (que não em pessoal) nas empresas de transporte público, como a Comboios de Portugal (+15,3%) e a Infraestruturas de Portugal (+6,8%), e ainda na Cultura (8,4%) e nas forças de segurança, nomeadamente na Polícia Judiciária (40,9%) e GNR (30,3%)".
O governo tem uma meta para o défice de 0,7% do PIB em contabilidade nacional em 2018.