O acordo está fechado e assinado. Portugal vai vender 12 caças F16 à Roménia. Ao que a TSF apurou o Governo Português concretizou o negócio nas últimas horas.
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São 78 milhões de euros de encaixe financeiro direto do Estado Português. Os Governos de Lisboa e Bucareste têm como parceiro neste negócio os Estados Unidos.
Uma venda em bloco. À dúzia. São doze caças ultra-rápidos. Nove mono-lugares e três bi-lugares.
Para vender doze F16 à Roménia, Portugal vai ter de transformá-los, adaptá-los, modernizá-los e adequar estes caças à realidade e às necessidades romenas.
Fonte ligada ao processo revelou à TSF que o contrato prevê ações formação. Treinos de pilotos e técnicos, manutenção de equipamentos, instalação de software e outros componentes para os aviões.
No contrato está definido que pelo menos 1/3 destes serviços sejam fornecidos por empresas exclusivamente portuguesas.
O acordo prevê repartição de despesas. Portugal vai gastar 108 milhões de euros e a Roménia vai pagar 186. Feitas as contas, o encaixe financeiro é de 78 milhões.
Os Estados Unidos entram à força neste negócio, porque tinham sido os fornecedores de origem dos F16. Têm sempre de concordar com a venda e participam diretamente com a venda a Portugal de 3 carcaças de F16 que Portugal vai montar e transformar para depois vender no lote de doze à Roménia.
Muito se especulou sobre este negócio que está a ser preparado há longos meses. A decisão política de Lisboa foi tomada no contexto de racionalização de meios nas Forças Armadas.
A possibilidade de venda dos F16 estava prevista desde a Lei da programação Militar de 2006.
Ao todo Portugal tem 39 caças, pretende ficar com 30, no máximo.
O primeiro Governo a comprar F16 foi o de Cavaco Silva. Em 94, há quase vinte anos, Cavaco assinou a compra de 20 caças.
O Governo de António Guterres, em 99, duplicou o número. Agora, em tempos de austeridade, Aguiar Branco vende alguns dos anéis da Força Aérea.
O negócio vai render aos cofres nacionais um total de 78 milhões de euros. O acordo entre os Governos de Lisboa e Bucareste está fechado e assinado.
Contatado pela TSF, o Ministério da Defesa não quis adiantar mais pormenores sobre este acordo. O gabinete de Aguiar Branco remete declarações para o final da manhã, durante uma visita que o Ministro da Defesa vai fazer às OGMA.