Após a reunião com o secretário de Estado Hélder Rosalino, a Frente Comum acusa o Governo de «falsas promessas» e volta a recusar a proposta para a convergência das pensões.
Corpo do artigo
A coordenadora da Frente Comum Ana Avoila acusa o Governo de estar a mentir e por isso, diz a sindicalista, o encontro para discutir a convergência das pensões no setor público e privado «correu mal».
Ana Avoila realça que o Governo prepara-se para fazer cortes de 18 por cento nas pensões. A Frente Comum estima que as pensões de 600 euros serão reduzidas para 500 no próximo ano.
A sindicalista mantém a posição e continua a dizer que a proposta do Governo para a convergência entre as pensões do setor público e do privado é inaceitável.
O Executivo deixou agora de fora dos cortes de 10 por cento as pensões mais baixas.
Já começou a nova ronda negocial entre o Governo e os sindicatos da Função Pública.
Em análise está uma nova proposta do Executivo que deixa fora dos cortes nas pensões do estado quem ganha menos de 600 euros e também as pensões de sobrevivência inferiores a 419 euros. Uma alteração que beneficiará perto de 350 mil pensionistas.
Acima dos 600 euros mantém-se um corte de dez por cento tal como estava na proposta inicial.
A nova versão da convergência das pensões do setor público com o privado não entusiasma os sindicatos.
À entrada para a reunião com o secretário de estado Helder Rosalino, Ana Avoila também não tinha amaciado o discurso.
«Este Governo está a afundar-se num projeto de lei com um preâmbulo que historicamente é todo mentiroso e incorreto no sentido de fazer vingar uma posição de corte nas pensões», considera Ana Avoila.