COP16 sobre biodiversidade retomada em Roma. Portugal "com metas ajustadas às prioridades da Convenção"

Roma é palco da retoma da Conferência da ONU para a Biodiversidade, entre esta terça e quinta-feira, após a reunião ter sido interrompida no final de novembro por falta de quórum. Em Cali, ficaram de fora temas como o financiamento para a biodiversidade e a forma como esses recursos financeiros podem ser monitorizado.

Em declarações à TSF, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, lembra que "não foi possível chegar a acordo [por falta de quórum] relativamente a dois pontos: a monitorização dos indicadores e a arquitetura financeira. Quem contribui, que valores, se são só os financiamentos públicos, se são os financiamentos bilaterais, se são também as contribuições dos privados".

Relativamente a Portugal, a governante sublinha que há metas que estão no bom caminho. "Ajustámos já as nossas metas às prioridades da Convenção. A mais importante é 30 por 30, até 2030. Ou seja, 30% das áreas marinhas protegidas, 30% das áreas terrestres protegidas, isto tudo até 2030. Tudo estamos a fazer para cumprirmos essa meta. Nas áreas terrestres, estamos já acima da meta, temos 34,8% das áreas terrestres protegidas. Nas áreas marinhas protegidas temos 19%. No continente temos 10%, mas na Região Autónoma dos Açores temos 30%", destaca Maria da Graça Carvalho.

Já sobre se com o regresso de Donald Trump à Casa Branca a conferência pode ter novidades, a ministra garante que "na estratégia das empresas, das pessoas, das populações, a proteção da biodiversidade, o carinho que as pessoas têm pelas espécies - e que sabem que é essencial para a vida no planeta - é irreversível e independente das administrações dos países".

A TSF está a acompanhar a Conferência da ONU para a Biodiversidade a convite do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).