Entrevistado na Manhã TSF, o presidente do Conselho Económico e Social diz que aquele órgão tem "algum peso", e que os pareceres envolvem mais de meia centena de parceiros.
Corpo do artigo
Correia de Campos acredita que nenhum governo ignora os pareceres emitidos pelo CES, especialmente se eles foram aprovados pela larga maioria dos parceiros sociais.
O presidente do Conselho Económico e Social, entrevistado na Manhã TSF, explicou que o órgão a que preside não pretende ter uma "magistratura de influência, como se disse no passado dos poderes presidenciais", mas pode aconselhar e "chamar a atenção dos decisores para aquilo que por vezes escapa".
O antigo ministro da Saúde promove esta quinta-feira um debate, em Mação, sobre a economia florestal, um tema que considera muito importante. Correia de Campos lembra, na entrevista, vários números sobre a área florestal ardida todos os os anos, e que levou o governo a propor um pacote legislativo, que está agora na reta final de elaboração.
O debate público acabou em janeiro, mas o presidente do CES acredita que a opinião dos parceiros sociais ainda pode ser ouvida. E acrescenta que há uma perceção excessiva, na opinião pública, sobre os números de incêndios com origem criminosa deflagrados em Portugal.
Questionado sobre a razão de ser de o Conselho Económico e Social organizar um seminário de um dia inteiro sobre as florestas, Correia de Campos diz que é uma forma de chamar a atenção para um tema essencial da economia portuguesa, acrescentando que não será uma iniciativa solitária. Para breve, está já previsto um debate alargado sobre fiscalidade.