O primeiro-ministro aceitou o pedido de António Domingues, o futuro presidente da Caixa Geral de Depósitos, que tinha posto como condição para aceitar o cargo a recapitalização do banco.
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Na quinta-feira, o jornal online Observador avançava que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Governo estavam a preparar, em conjunto, o reforço de capitais. Este sábado, o Expresso adianta que o primeiro-ministro já deu luz verde à injeção de capital e até já começou a sensibilizar as entidades europeias.
O semanário conta que António Costa já tem a concordância das responsáveis do Conselho Único de Resolução e do Conselho de supervisão do Banco Central Europeu (BCE). O Expresso avança, ainda, que também Mário Draghi está a favor da pretensão portuguesa.
Apesar das conversações, a questão não foi ainda oficialmente apresentada a Bruxelas, mas as regras europeias da Direção-Geral da Concorrência permitem a injeção de dinheiro do Estado desde que a recapitalização seja feita nos mesmos moldes do que um investidor privado.
Em causa está o reforço de capital da Caixa Geral de Depósitos até quatro mil milhões de euros, uma verba que ultrapassa as necessidades imediatas do banco mas que responde às exigências de António Domingues, que quer garantir uma almofada de capital que permita estabilidade à CGD nos próximos tempos.
A injeção de dinheiro do Estado na Caixa Geral de Depósitos tem de ser aprovada pela Comissão Europeia. O Expresso escreve que a hipótese é possível, desde que traga retorno financeiro ao Estado, ou seja, a operação deve ser vista como um investimento e não como uma ajuda pública.