O Primeiro-Ministro diz que, por agora, não vê razões para mexer nas contas do Estado. Mas, se surgirem, não haverá drama. Sobre a polémica da falta de sanções a França, pede "inteligência política".
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No final um encontro com Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu, em São Bento, António Costa sublinhou que "gostava muito que este fosse o primeiro ano, dos últimos quatro ou cinco, em que não houvesse orçamento retificativo".
O chefe do governo reafirma que as contas do Estado estão dentro das previsões do executivo, por isso, para já, não há motivos para pensar no assunto.
"Neste momento, não temos nenhum dado que nos permita identificar a necessidade de um orçamento retificativo" e a execução orçamental "tem sido extremamente positiva".
Quase a meio do ano, António Costa não encontra, por isso, razoes para "estarmos apoquentados" com esse cenário.
Ainda assim, Costa alinha com Marcelo Rebelo de Sousa: "se houver (retificativo), não tem drama nenhum".
Sanções: é preciso "inteligência política"
Sobre a mais recente polémica por causa das sanções por défice excessivo, António Costa considerou que a Europa, e também Portugal, precisa de uma França forte. Mas sublinhou que é preciso que haja "igualdade de Estados".
O Primeiro-Ministro reafirma que o eventual castigo a Portugal é injusto e assegura que o mesmo princípio se aplica a outros países.
Costa defende, assim, que é necessária "inteligência política" no que toca às normas disciplinares da União Europeia.