O primeiro-ministro chamou-lhe um «compromisso de honra» e há dois dias prometeu avançar com o desagravamento do IRC. António Costa considera que o Governo tem uma «visão parcelar» sobre a fiscalidade em Portugal porque esta deve ser equilibrada e abranger outros impostos como o IRS e o IVA.
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«O Governo tem insistido numa visão parcelar sobre o nosso sistema fiscal, nós temos de ter uma visão global. É nisso que temos insistido e por isso não temos acompanhado o Governo nessa política», afirmou.
Depois de visitar uma fábrica de cortiça em S. Brás de Alportel, o líder do PS reuniu-se com empresários. Ouviu queixas mas deixou a convicção de que o interior do Algarve tem muitas potencialidades para desenvolver além do turismo.
Sobre a mudança que está a surgir na esquerda portuguesa com a criação do movimento "Tempo de Avançar", Costa vê com bons olhos esta nova plataforma para que haja «mais diálogo construtivo à esquerda» e não a lógica sectária que tem imperado.
«Acho que não é muito útil os partidos de esquerda entreterem-se e digladiarem-se entre si», comentou Costa, reagindo às críticas do secretário-geral do PCP que tem alertado para os «vendedores de ilusões» em ano de eleições legislativas.