Costa diz que é preciso "pedalar com mais força" contra sinais negativos da economia mundial
O primeiro-ministro reagiu aos dados divulgados esta quarta-feira por Bruxelas que apontam para uma situação de desequilíbrio macroeconómico em Portugal.
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António Costa diz que é preciso pedalar com mais força para contrariar os sinais menos positivos da economia mundial. É a reação do primeiro-ministro aos dados divulgados esta quarta-feira por Bruxelas que apontam para uma situação de desequilíbrio macroeconómico em Portugal.
"E nesta fase em que a economia mundial dá sinais menos animadores, é mesmo aquela altura em que nós temos que pedalar com mais força para contrariar as tendências que vêm de fora e conseguirmos suportar com a própria dinâmica interna. Não há nenhuma fatalidade para que o país, fazendo parte do euro, tenha que hesitar entre crescer ou ter contas desequilibradas, entre estar no euro ou ser capaz de continuar a convergir com a União Europeia."
Com a presença da ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, António Costa lançou ainda o concurso para o aprofundamento do canal de acesso aos estaleiros navais de Viana do Castelo, permitindo a construção e reparação de navios de maior dimensão.
A empresa que explora os estaleiros navais de Viana do Castelo diz que com a melhoria do acesso marítimo vai poder aumentar em 60% a capacidade produtiva. Para António Costa este é o melhor exemplo das parcerias entre o público e o privado.
"As verdadeiras boas parcerias entre o setor público e o setor privado são aquelas em que os investimentos públicos servem as populações, mas permitem também gerar atividades que produzem riqueza, que com essa riqueza permitem sustentar as finanças públicas do país, reforçando a nossa capacidade de continuar a investir."
Além do aprofundamento do canal de acesso que vai permitir construir e reparar navios maiores, o primeiro-ministro lançou também a construção de novos acessos rodoviários ao porto comercial de Viana, uma obra que vai permitir retirar grande parte do tráfego de pesados do centro da cidade e que está adiada há quase 40 anos. António Costa garante que agora é que é:
"Em primeiro lugar, as obras que estamos aqui a falar não são anúncios. Num caso concreto é uma adjudicação já da obra, dos acessos rodoviários a este porto comercial, o que significa que, dentro dos próximos dias, da assinatura do contrato passaremos rapidamente para as máquinas e para os homens que estão no terreno a executar a obra."
As fronteiras e o mar são recursos por aproveitar que implicam investimento estratégico e duradouro, defende o primeiro-ministro. Em Viana do Castelo, António Costa lembrou ainda as obras na linha do Minho, para dizer que nos próximos meses vai estar pronto o primeiro troço já eletrificado entre o Porto e Viana do Castelo.