O primeiro-ministro reiterou esta quarta-feira que as metas para o défice vão ser cumpridas e disse que a economia estaria bem pior se o PS tivesse mantido a austeridade do anterior Governo.
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"Se tivéssemos prosseguido a linha de austeridade, de aumentar impostos, de cortar salários, de aumentar IVA, certamente ainda teríamos um crescimento menor do que temos neste momento", disse António Costa num comentário aos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que reviu em alta o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano face ao mesmo período do ano passado.
O PSD acusou hoje o Governo, defendendo que os números do INE mostram que a estratégia do executivo para fazer crescer a economia não está certa e pediu explicações aos ministros das Finanças e da Economia.
O primeiro-ministro, em declarações transmitidas pela RTP3, afirmou que é necessário "acelerar os fatores que contribuem para o crescimento da economia", referindo a "reposição de rendimentos", a execução do programa para as empresas Capitalizar e a "aceleração da execução dos fundos comunitários".
António Costa reiterou ainda que não existem problemas na execução orçamental até ao momento e que o cumprimento do défice não está em causa: "o objetivo que temos no défice (...) é de 2,5% e podemos hoje dizer que teremos um défice confortavelmente abaixo de 2,5%".
Questionado pelos jornalistas, o chefe de Governo assegurou também que os cortes nos rendimentos serão eliminados e que não haverá um novo corte nas pensões. "Está fora de causa. Não haverá qualquer novo corte de pensões. "O que está estabelecido no Programa do Governo é que os cortes serão eliminados. A sobretaxa será eliminada e os vencimentos serão repostos", garantiu Costa.
Uma resposta à notícia de hoje do jornal Público que dava conta do possível adiamento da reposição integral dos rendimentos.
Ministro diz que economia está a acelerar mas dados ainda não satisfazem o Governo
"O que esses dados revelam é uma aceleração da economia. Os dados em cadeia mostram que o segundo trimestre já teve um crescimento melhor do que o primeiro e os indicadores que temos do terceiro trimestre são também muito positivos", disse à agência Lusa, em Maputo, Manuel Caldeira Cabral, à margem de uma visita de três dias a Moçambique.
O ministro sublinhou ainda que a economia vinha de um período de estagnação, desde o início do ano passado até ao primeiro trimestre de 2016, e a revisão em alta para 0,9% na comparação homóloga e para 0,3% em comparação com o primeiro trimestre representa "um primeiro sinal de aceleração", mas ainda abaixo do desejável.