O primeiro-ministro defende que a reunião do Eurogrupo vai "reforçar a confiança" no Orçamento português e garante que o Governo "tudo fará" para prevenir riscos. Sublinha que o nervosismo dos mercados ocorre por toda a Europa e que Portugal não está "isento".
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"Não creio que vão ser necessárias [medidas adicionais]. Creio que o Orçamento, conforme o apresentámos na Assembleia da República, tem todas as condições para ser executado plenamente e garantir totalmente os seus objetivos", afirmou António Costa depois de uma reunião com os deputados do grupo parlamentar do PS.
Pouco antes do início da reunião do Eurogrupo, o primeiro-ministro acredita que o encontro entre os ministros das Finanças dos países da Zona Euro "ajudará a reforçar a confiança" na proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo executivo.
António Costa entende que "ficará muito claro" que o Orçamento "aposta no crescimento, na criação de emprego, mas também na redução da dívida e do défice", sublinhando ainda que o Governo "tomou nota" da apreciação feita pela Comissão Europeia: "Tudo faremos para prevenir os riscos", disse.
Primeiro-ministro acredita que DBRS não vai cortar no rating português
Confrontado com as notícias que dão conta de que a subida dos juros da dívida pode estar relacionada com os receio, por parte dos investidores, de que a agência canadiana DBRS desça o "rating"português, o primeiro-ministro afirma: "Não creio que haja qualquer perspetiva de alteração dessa avaliação que tinha sido feita".
António Costa considera que, de acordo com o último comunicado da agência, só um "conflito prolongado" entre o governo e a Comissão Europeia poderia levar a agência a "rever a posição", algo que, defende o primeiro-ministro, não aconteceu, havendo apenas "trabalho" entre as duas partes.
O primeiro-ministro reconheceu ainda a atual "agitação nos mercados" europeus, afirmando que "naturalmente não tem deixado Portugal isento".