O líder do PS diz que preferia a versão inicial do esboço orçamental, mas sublinha que quer fazer parte da zona euro e por isso, teve que chegar a um compromisso. António Costa sente-se "confortável" com a nova proposta de Orçamento do Estado.
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O secretário-geral do PS explica aos militantes de Lisboa as linhas do Orçamento para 2016 garantindo que as famílias vão ter "mais 700 milhões de euros em rendimentos em 2016". Costa respondeu assim às críticas de quem acusa o governo de "dar com uma mão o que tira com a outra".
Pelas contas de António Costa, o conjunto das medidas de aumento de rendimento das famílias ronda os 1.3 mil milhões de euros, enquanto as medidas de subida de impostos estão avaliadas em cerca de 600 milhões de euros, o que se traduz num ganho líquido de mais de 700 milhões de euros.
Costa sublinha que a proposta de OE cumpre os compromissos com os parceiros europeus e com os partidos da esquerda que apoiam o governo.
O primeiro-ministro voltou ainda a manifestar a intenção de ver aplicadas as 35 horas de trabalho semanal, a partir de julho, mas sublinhou que a aplicação terá de ocorrer "sem aumento global da despesa".
Costa diz que cabe a cada diretor de serviços gerir os recursos humanos "sem ultrapassar aquela despesa" e garante que "não há qualquer divergência no governo" sobre esta matéria e que nas reuniões desta quarta feira com a UGT e a CGTP "ficou muito claro o objetivo e a forma de aplicar o horário das 35 horas, garantindo que não há aumento global da despesa".
Nesta intervenção na Gare Marítima de Alcântara, o líder do PS voltou a acusar PSD e CDS de falta de patriotismo, ao atacar a proposta de OE.