A crise financeira reduziu as despesas ocidentais com armamento, mas não impediu que China e a Federação Russa aumentassem os gastos com armas, divulgou o Instituto Internacional de Investigação da Paz (SIPRI), baseado em Estocolmo.
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Em termos mundiais, as despesas com armamento estagnaram, ao apresentarem um aumento de 0,3 por cento, o que representou o fim de uma tendência de subida que durou 11 anos.
A China aumentou as suas compras de armas em 6,7 por cento, para 143 mil milhões de dólares (109 mil milhões de euros), e permanece o segundo maior investidor mundial em armamento.
A Federação Russa ultrapassou o Reino Unido e a França e foi em 2011 o terceiro país mais gastador, com a afetação de cerca de oito mil milhões de dólares (seis mil milhões de euros), mais 9,3 por cento do que em 2010, para armamento.
Apesar de em 2011 ter reduzido em 1,2 por cento as suas despesas com armamento, os EUA continuam a ser o maior gastador com 711 mil milhões de dólares (541 mil milhões de euros), enquanto a Europa aumentou a sua despesa marginalmente para 407 mil milhões de dólares.
O chefe do Projeto Despesas Militares, do SIPRI, Sam Perlo-Freeman, considerou, a propósito, que «os efeitos da crise económica global, em particular as medidas para a redução do défice nos EUA e na Europa, finalmente acabaram com o aumento nas despesas militares ao fim de uma década -pelo menos, por agora».
Não obstante, o domínio militar dos EUA parece assegurado para o futuro próximo.