CTT: Governo não garante manutenção de todos os postos de trabalho após privatização
A operação de privatização dos CTT em bolsa vai avançar no início de dezembro, adiantou o ministro da Economia.
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O ministro da Economia, Pires de Lima, disse esta quinta-feira no Parlamento que o Executivo não pode garantir que não haja despedimentos nos CTT após a privatização.
«Não posso assegurar que não haja despedimentos porque a empresa vai passar para a esfera privada», afirmou aos jornalistas o governante, no final da sua audição na comissão de economia e obras públicas, no Parlamento.
Antes, durante a sua audição na comissão de economia e obras públicas, Pires de Lima já tinha avançado aos deputados que a Operação Pública de Venda (OPV) dos Correios de Portugal (CTT) decorrerá ainda este ano, até ao final da primeira semana de dezembro, considerando que «é o momento certo» para privatizar os CTT.
O governante acrescentou que a operação «pode resultar num bom encaixe para o Estado», considerando que a questão de privatizar, ou não, os serviços postais «é uma questão ideológica», que se escusou a comentar.
O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira as condições da Oferta Pública de Venda (OPV) e o caderno de encargos da venda direta institucional dos CTT - Correios de Portugal.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a Parpública fica autorizada a alienar um número de ações representativas de uma percentagem de «até 70% do capital social» dos CTT.
Esta venda será feita através da realização das seguintes operações: OPV no mercado nacional e «venda direta a um conjunto de instituições financeiras, que ficam obrigadas a proceder à subsequente dispersão das ações nos mercados de capitais».
Do conjunto de ações destinado à OPV, um lote representativo de até 5% do capital será reservado à aquisição por trabalhadores.