
Terreno agrícola
O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural anunciou a implementação de benefícios fiscais para que o abandono de terrenos agrícolas ou florestais saia «caro».
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«Hoje parece que em algumas situações é mais barato abandonar a terra do que geri-la. Gostaríamos de inverter esta situação para que, de futuro, abandonar a terra fosse mais caro do que vendê-la ou arrendá-la a quem estiver interessado em explorá-la», afirmou Daniel Campelo.
Em causa, explicou, estão 1,5 milhões de hectares de terrenos de produção florestal e 125 mil hectares de terrenos de produção agrícola atualmente sem qualquer utilização, tendência que o Governo quer «inverter» nomeadamente com a constituição de um Banco de Terras.
Este processo, garantiu Campelo, será alvo de benefícios fiscais aos proprietários que voluntariamente disponibilizem terrenos para exploração, quer para jovens agricultores quer para o alargamento de produções já existentes.
Daniel Campelo falava em Ponte de Lima à margem da cerimónia de contratualização de 4,5 milhões de euros em verbas do programa comunitário Proder para 44 projetos de valorização dos produtos e atividades regionais, promovidos por entidades públicas e privadas do distrito de Viana do Castelo.
Ouvido pela TSF, João Diniz, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), considerou que as palavras do secretário de Estado são «embrulhadas e não esclarecem nada».
O dirigente desta estrutura defendeu que não é com medidas avulsas que se resolve o problema do absentismo e do défice agrícola do país.
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]