À pressão sobre os custos, a companhia destaca que respondeu com medidas de controlo de despesa
Corpo do artigo
A marca nascida numa pequena vila do norte de França para democratizar o acesso a artigos desportivos já presente em 79 mercados, incluindo Portugal, apresentou descida no resultado líquido em 2024, mas mantém estratégia de expansão a cinco anos, desde a Índia à Alemanha.
A Decathlon aponta o dedo à inflação para o facto de as vendas terem crescido quase 4% em 2024. Superaram os 16.200 milhões de euros, mas os lucros caíram 15,4%, fixando-se nos 787 milhões, abaixo dos 931 milhões registados em 2023. À pressão sobre os custos, a companhia destaca que respondeu com medidas de controlo de despesa que permitiram mitigar o impacto e manter a acessibilidade dos preços.
Já presente em 79 mercados, quer agora consolidar a posição como uma das maiores empresas dedicadas ao desporto ao nível mundial, prosseguindo uma estratégia de expansão com investimentos na ordem dos 100 milhões de euros para os próximos cinco anos, em destinos estratégicos, desde a Índia à Alemanha.
O objetivo até 2027 passa pela abertura de novas lojas e modernização das atuais, cumprindo um plano de transformação para se tornar uma marca mais sustentável.
Só no ano passado inaugurou e remodelou 200 lojas e estima que até 2026 consiga reestruturar 90% da oferta de produtos, além de ter colaborado com os Jogos Olímpicos de Paris e lançado uma subsidiária para explorar novas oportunidades, ao nível da inovação, parceiros estratégicos e apostas de risco: a Decathlon Pulse.
Ao nível global, a equipa conta com mais de 101 mil trabalhadores de 87 nacionalidades, 46,6% mulheres e 52,9% homens.
A companhia garante ainda que está a apostar na digitalização, focada na economia circular. Nesse sentido, dá conta que as vendas digitais representam 20% do total das receitas, incluindo e-commerce, marketplaces e encomendas realizadas online concretizadas em loja física.
Também a aposta nos serviços de aluguer de equipamentos desportivos está a crescer e já detém uma quota de 50% nos mercados de Espanha e Itália.
Nos últimos cinco anos, a empresa garante ainda que reduziu as suas emissões de carbono em 13% e, pelo terceiro ano consecutivo, refere que está a alinhar-se com os objetivos da neutralidade carbónica previstos no Acordo de Paris, tendo reduzido mais de 53% o uso de embalagens de plástico descartáveis, aumentado em 10% o chamado 'ecodesign' que representa já metade dos produtos vendidos.
A Decathlon dá conta ainda que vendeu 1,35 milhões de artigos em segunda mão e reparou três milhões de produtos nas 1730 unidades que tem para o efeito.
