O executivo espanhol considerou a decisão da Argentina de expropriar a YPF, controlada pela petrolífera Repsol, um «gesto de hostilidade» contra Espanha e o seu Governo.
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«Qualquer gesto de hostilidade contra uma empresa espanhola, o Governo interpreta-o como um gesto contra Espanha e contra o Governo espanhol», disse o ministro da Indústria espanhol, José Manuel Soria.
«A decisão da Argentina é uma decisão hostil contra a Repsol, portanto contra uma empresa espanhola, contra Espanha e o Governo de Espanha, e o Governo de Espanha atuará em consequência», vincou.
José Manuel Soria falava aos jornalistas numa conferência de imprensa conjunta com o chefe da diplomacia José Manuel Garcia Margallo, depois de uma reunião presidida pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, para analisar a decisão argentina.
O governante explicou que depois de conhecer a decisão, o Governo «começou esta mesma tarde a trabalhar em medidas em reação à decisão, que serão dadas a conhecer nos próximos dias».
Soria sublinhou que a decisão incumpre o acordo verbal a que chegaram no passado dia 28 de fevereiro os ministros do Planeamento e da Economia argentinos, que acordaram resolver «amistosamente» o assunto da Repsol.
As declarações ocorrem horas depois da presidente argentina, Cristina Fernandez Kirchner, ter declarado de utilidade pública e sujeito a expropriação 51 por cento do património da petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.