O Boletim Económico, hoje divulgado, deixa no entanto alertas para riscos orçamentais.
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A saída do Procedimento por Défice Excessivo é "exequível", na opinião do Banco de Portugal. Apesar de o défice ter sido de 4,7% no primeiro semestre, a entidade liderada por Carlos Costa acredita, como o governo, que é possível alcançar um défice inferior a 3%. Se acontecer, Portugal poderia libertar, em parte, a pressão de Bruxelas sobre as contas públicas.
Para que tal aconteça, avisa o Banco de portugal, é preciso que "se mantenham as tendências de evolução subjacentes à execução do primeiro semestre e, em particular, as medidas de política orçamental atualmente em vigor".
A ajudar as contas do segundo semestre há despesas que não deverão repetir-se. O Banco de Portugal dá como exemplo os gastos adicionais com aquisição de produtos farmacêuticos, que afetam o consumo intermédio até Junho. No primeiro semestre, esta rubrica cresceu 5,3%.
Riscos à execução orçamental
O Banco de portugal chama a atenção para vários riscos na execução do Orçamento, sublinhando a "incerteza que habitualmente carateriza a orçamentação do lado da despesa" e as dúvidas sobre o comportamento da receita fiscal.
Apesar do bom comportamento no primeiro semestre, nomeadamente do IVA, a entidade liderada por Carlos Costa alerta que "a previsão para o comportamento dos reembolsos na segunda metade do ano reveste-se, contudo, de alguma incerteza".