Despesa cresce 1,1% e receita aumenta 1,7%. Impostos indiretos "salvam" receita fiscal. Contribuições para a Segurança Social também deram uma ajuda.
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As contas do estado beneficiaram de um aumento da receita com impostos indiretos (mais 7,5% do que no ano passado), permitindo que as receita fiscais subam no total 0,6%.
O IVA, o imposto que mais receita gera para o estado, acabou por render um valor praticamente igual ao ano passado, mas há vários impostos sobre o consumo com aumentos consideráveis, com destaque para o imposto sobre o tabaco (mais 22%) e o imposto sobre os veículos (mais 14%). Já nos impostos diretos há uma quebra: 5,4% no IRS e 8,8% no IRC.
O ministério das Finanças explica que a segurança social e as contas das autarquias também deram uma ajuda importante aos cofres do estado.
No capítulo da despesa, a aquisição de bens e serviços na Administração Central e Segurança Social caiu 2,8%, mas os gastos com salários permanentes da Administração Pública cresceram 2,9%. Há ainda uma redução de 14,6% da despesa em prestações de desemprego.
No total, as Administrações Públicas acumularam até outubro um défice de 4,4 mil milhões de euros, o equivalente a 80% do que estava previsto para todo o ano.
No entanto, sem contar com os encargos com juros (saldo primário), há um excedente de 3,1 mil milhões de euros, uma melhoria de 683 milhões face a 2015.