O défice das administrações públicas desceu 1.761,5 milhões de euros em 2014 face a 2013, atingindo 7.075 milhões de euros e melhorando o objetivo do Governo para o ano passado. Em 2014 registou-se um recorde com a receita fiscal. Nunca os contribuintes tinham pago ao Estado tanto em impostos. Já as despesas do Estado caíram.
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Segundo a síntese de execução orçamental de dezembro hoje divulgada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO), o défice das administrações públicas em contabilidade pública (tendo em conta o registo da entrada e saída de fluxos de caixa) desceu de 8.835,5 milhões de euros em 2013 para 7.074 milhões de euros em 2014.
O Governo antecipava que o défice das administrações públicas nesta contabilidade se fixasse nos 7.729 milhões de euros, o que corresponde a 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com as estimativas mais recentes do Ministério das Finanças, divulgadas no Orçamento do Estado para este ano (OE2015).
O défice de 2014 fica, por isso, abaixo do previsto em 655 milhões de euros.
Os dados da execução orçamental mostram que o governo fechou o ano com cerca de 7 mil milhões de euros de défice. É também um valor que melhora face a 2013 em cerca de 1700 milhões. A receita com a coleta de impostos subiu 2,3%, ou seja, os contribuintes pagaram mais 568 milhões de euros em impostos. O governo diz que é uma prova da recuperação económica e da eficácia do combate à evasão fiscal.
Destaque para o IVA, o maior dos impostos e para o IRS, ambos cresceram mais de 4%.