Défice do Estado registou em Setembro recuperação de 600ME

O défice do Estado caiu de 7200 milhões de euros no final de Agosto, para 6600 milhões em Setembro. É uma melhoria de mais de 30 por cento em relação ao mesmo período de 2010.

Dados da Direcção-geral do Orçamento que são boas notícias para as Finanças.

Para atingir a meta dos 5,9 por cento do PIB, Portugal pode chegar ao final do ano com um défice máximo de dez mil milhões de euros e na apresentação do orçamento do Estado, Vítor Gaspar fez questão de sublinhar que 70 por cento desse valor foi gasto nos primeiros seis meses de 2011.

Se o buraco continuasse a aumentar, dificilmente o objectivo seria cumprido. Com os dados agora divulgados, sabemos que no final dos primeiros nove meses do ano foram gastos dois terços do total.

Para este resultado contribuiu o crescimento da receita fiscal. No final do terceiro trimestre final, o fisco arrecadou mais 5,4 por cento de impostos do que no mesmo período do ano passado.

Neste capitulo, destaque para o IRC que deu ao fisco mais 14 por cento do que no ano passado por esta altura, e para o IRS que cresceu dois por cento.

No outro prato da balança, a despesa efectiva caiu 3,8 por cento, graças à queda de 5,8 por cento da despesa primária, ou seja, os gastos básicos e inevitáveis, incluindo os custos com pessoal que caíram mais de dez por cento.

A despesa de capital, que representa o pagamento da dívida pública, subiu nove por cento.

Contas feitas, o défice do Estado nos primeiros nove meses do ano está nos 6600 milhões de euros.

E se ao subsector Estado juntarmos os serviços e fundos autónomos, obtendo as contas da administração central, e a este resultado somarmos os números da Segurança Social obtemos o grosso dos gastos públicos, que nesta altura têm um défice de 4600 milhões de euros.

Uma melhoria de 900 milhões em relação a Agosto e de 2800 milhões na comparação com os primeiros nove meses de 2010.