O subsetor Estado começou o ano com um saldo menos negativo que em 2011, apresentando um défice em contabilidade pública de 436 milhões, 41,2% abaixo do registado em janeiro de 2011.
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Dados revelados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) indicam que em Janeiro, a receita efectiva do Estado caiu 6,1 por cento em relação ao mesmo período de 2011, mas a despesa desceu perto de 13 por cento, compensando o dinheiro a menos que entrou nos cofres do Estado.
Na soma da administração central, que inclui o subsector Estado, os serviços e fundos autónomos, e as empresas públicas cujos resultados passaram a contar para as contas do país com a segurança social, há em Janeiro um saldo positivo, ou superavit, de cerca de 330 milhões de euros.
Quando olhamos para as parcelas desta conta de somar vemos que no subsector Estado o resultado passou de 740 mihões de euros negativos para menos de 440, uma melhoria de mais de 40 por cento.
Os serviços e fundos autónomos registaram uma degradação de mais de 100 milhões, mantendo ainda assim um saldo positivo, e o mesmo aconteceu à segurança social, cujo resultado diminuiu em cerca de 80 milhões de euros.
Neste mês, a síntese de execução orçamental apresentou pela primeira vez as contas das Entidades Públicas Reclassificadas, ou seja, as 52 empresas e entidades do Estado com receitas próprias inferiores a metade dos custos e que passaram a contar para o o défice orçamental.
Este subsector teve um resultado positivo de quase 140 milhões de euros, mas a DGO sublinha que algumas destas empresas - casos da REFER, do Metro do Porto, e das sociedades criadas para acolher os maus activos do BPN - não apresentaram a tempo a informação necessária, influenciando dessa forma as contas previstas para as entidades reclassificadas.