O défice que conta para a troika está quase nos 4800 milhões de euros, uma melhoria de cerca de 700 milhões de euros, em relação ao mesmo período do ano passado.
Corpo do artigo
A síntese de execução orçamental confirma a tendência de crescimento da receita fiscal, à custa do IRS e do IRC, que compensam a diminuição da receita do IVA, enquanto a despesa com subsídios de desemprego aumentou quase 10 %.
O défice que conta para o cumprimento do programa da troika estava no final de agosto quase nos 4800 milhões de euros, o que representa uma melhoria de cerca de 700 milhões em relação ao mesmo período do ano passado. O limite para o terceiro trimestre é de 7300 milhões.
Para que a comparação faça sentido estes números não levam em linha de conta as receitas extraordinárias de 2012 com a integração dos fundos de pensões da banca, da venda das frequências de telecomunicações 4g e com o pagamento de dívidas do SNS.
As receitas fiscais continuam a subir graças ao enorme aumento de impostos anunciado há um ano por Vítor Gaspar.
A receita de IRS, com o rescalonamento e a sobretaxa, aumentou 30 %. São mais de 1700 milhões extra em relação a 2012.
O IRC está a valer este ano mais 6 % do que no ano passado. Com uma taxa de desemprego acima dos 16 %, o país gasta cada vez mais em subsídios. Até agosto o Estado desembolsou mais de 1850 milhões nesta prestação social.
Na administração central a despesa aumentou quase 2 %, um crescimento que só não foi maior porque os juros da dívida caíram.
A despesa com pessoal subiu 4,5 %, uma evolução justificada com o pagamento em duodécimos do subsídio de férias aos funcionários públicos, e pelo aumento dos encargos das entidades públicas com a Caixa Geral de Aposentações e a Segurança Social.