O sindicalista Telmo Reis destaca, na TSF, que o diretor-geral demissionário ressalvou que esta era "uma das empresas mais competitivas do grupo e, a nível de qualidade, uma das melhores"
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O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energias e Atividades do Ambiente confessa não estar preocupado com demissão de Carlos Tavares do cargo de diretor-geral da Stellantis.
Em declarações à TSF, o responsável sindical explica que Carlos Tavares "está na idade de se aposentar", pelo que já tinha comunicado aos trabalhadores que este "poderia ser o último ano como CEO à frente do grupo Stellantis".
"Chegou o fim do curso dele [Carlos Tavares] e foram tomadas medidas para haver uma substituição", aponta Telmo Reis.
Em 11 de outubro, a empresa tinha anunciado que o português Carlos Tavares iria sair do grupo e reformar-se em 2026. O grupo automóvel justifica esta saída com divergências entre Carlos Tavares e o presidente do grupo, numa altura em que se registam quebras na produção.
Questionado pela TSF sobre se esta situação causa alguma preocupação, o sindicato garante que não, ao mesmo tempo que destaca a estabilidade da empresa.
"Houve um aumento de produção na Stellantis, no mês de outubro, em 2,3%. A Stellantis Mangualde está estável", entende.
Telmo Reis destaca que o diretor-geral demissionário ressalvou, antes de ir embora, que esta era "uma das empresas mais competitivas do grupo e, a nível de qualidade, uma das melhores".
Atualmente, a fábrica de Mangualde, no distrito de Viseu, tem cerca de 900 colaboradores e este ano já produziu 72.477 viaturas (dados de janeiro a outubro). Na manhã desta segunda-feira, o grupo automóvel começou a semana em queda nas bolsas de Paris e Milão, após se conhecer a demissão de Carlos Tavares.
Também a produção de veículos elétricos está a correr como previsto. A produção em série de viaturas elétricas na fábrica de Mangualde da Stellantis arrancou no início de outubro, nas versões de passageiros e comerciais ligeiros, destinadas aos mercados doméstico e de exportação.
Foi a primeira fábrica a produzir veículos de passageiros e veículos comerciais ligeiros elétricos a bateria, de grande série, em Portugal, no âmbito de um investimento de 119 milhões de euros, obtido através de uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial de que a Stellantis é líder – o projeto GreenAuto.