Depois de Henrique Granadeiro,o presidente da mesa da Ass. Geral da PT defende fim da fusão com a Oi

Rafael Marchante/Reuters
«Os acionistas da PT têm tudo a ganhar com o fim do contrato com a Oi». Quem o diz é o presidente da mesa da Assembleia geral da Portugal Telecom, Menezes Cordeiro, numa carta enviada no passado dia 6, ao presidente da PT SPGS e à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
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Menezes Cordeiro diz que só por falta de informação os acionistas podem pensar de forma diferente.
No entanto, a administração da PT SGPS vê as coisas de outra forma. Numa outra carta dirigida ao mercado considera que um eventual recuo terá grandes custos para as empresas envolvidas.
A decisão de vender - ou não - a PT Portugal aos franceses da Altice, é de exclusiva responsabilidade dos accionistas da PT SGPS - garantia do conselho de administração, que sublinha que a Oi não pode ser responsabilizada, se a Assembleia Geral do dia 22, aprovar essa venda.
Num longo comunicado, os administradores da Portugal Telecom reafirmam que o negócio altera os objetivos do acordo com a Oi. Fica de parte a criação de um operador de telecomunicações líder, com 100 milhões de clientes. Mesmo assim, a administração da PT entende que essa é uma alteração relevante e que não pode ser atribuída qualquer responsabilidade à brasileira Oi, se os acionistas decidirem vender.
O Conselho de Administração da Portugal Telecom afirma ainda que invocar o incumprimento dos contratos levaria a uma longa batalha judicial. Uma situação que prolongaria o impasse sobre a empresa, com destruição de valor para todos os lados envolvidos.
Depois de Henrique Granadeiro, foi a vez de o presidente da Assembleia Geral da PT SGPS defender o fim da fusão com a Oi.
Numa carta ao presidente da empresa, também divulgada no site da CMVM, Menezes Cordeiro escreve que os acionistas têm tudo a ganhar com a resolução do negócio. Que os contratos com a Oi não foram cumpridos e que essa denúncia pode ser feita de imediato.
Na informação agora divulgada aos acionistas, a PT Portugal admite ainda ações judiciais para esclarecer responsabilidades no investimento na Rioforte, e uma possível renegociação do negócio que prevê que a PT assuma a dívida da empresa do Grupo Espírito Santo.