No Parlamento, o Ministro das Finanças não se alongou em pormenores nem tão pouco indicou se será feito já em 2017.
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O ministro das Finanças disse hoje que o descongelamento das carreiras dos trabalhadores do Estado terá de ser gradual, devido a restrições orçamentais, mas não esclareceu se isso será feito já em 2017 ou apenas em 2018, como previsto inicialmente.
Na audição que decorre na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, o deputado do CDS-PP António Carlos Monteiro citou uma notícia do jornal Público, que dá conta de que o Governo pretende desbloquear as carreiras nas empresas públicas no próximo ano, para criticar o executivo por deixar de fora os restantes trabalhadores do Estado.
Mário Centeno respondeu à provocação do deputado centrista, de que o Governo "estaria a criar trabalhadores de primeira e de segunda", mas não entrou em pormenores sobre a medida, sem negar também a notícia do Público.
"O que vamos continuar a fazer é repor um conjunto de condições mínimas de exequibilidade de uma atividade produtiva, porque o que se passa na Administração Pública é uma atividade produtiva, que tem de ter condições para trabalhar", disse o ministro.
Lembrando que "essas condições não foram garantidas nos últimos anos", Mário Centeno assegurou que o executivo vai adotar gradualmente medidas nesse sentido.
"Gradualmente, e como todas as medidas que estão a ser adotadas por caráter gradual, porque nós conhecemos exatamente as restrições que temos, essas medidas vão ser repostas, para que também setorialmente o serviço público que é prestado em cada uma das áreas possa ser realidade", afirmou o ministro.